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Empreender estética

Meu primeiro centro de estética: desafios para empreender

O segmento de estética é um dos poucos com potencial de crescimento mesmo em crises econômicas. Por isso, muitos profissionais de estética sonham em empreender. Mas, junto com esse desejo, há desafios que precisam ser superados para que o negócio alavanque.

Segundo o Estudo da Sobrevivência das Empresas do Brasil, lançado em 2016 pela Fundação Getúlio Vargas e o Sebrae, um terço das empresas fecham em 2 anos no Brasil. Para evitar que seu sonho se torne um grande pesadelo, listamos aqui algumas decisões que você precisa tomar antes de dar o “primeiro passo” de fato é empreender.

 

  1. Entenda melhor o seu sonho

A primeira dica pode parecer algo tirado de um livro de autoajuda, mas é realmente muito necessário. Afinal, muitas coisas devem acontecer em curto prazo, porém, outras precisam de maior estrutura ou tempo para que possam ser realizadas.

Para isso, pense nos seguintes aspectos:

  • Você quer e tem recursos para abrir um negócio com ponto físico?

A decisão se você terá um local fixo de atendimento é fundamental. Se você não tem muito recurso financeiro para investimento, nem uma carteira de clientes, às vezes, é melhor começar com atendimento domiciliar.

 

  • Quais serviços você quer focar?

É importante pensar em seu menu de serviços para conseguir decidir tecnologias, protocolos e até a forma em que você divulgará o seu negócio. Além disso, é importante avaliar se você possui os conhecimentos necessários ou vale recorrer aos cursos livres.

 

2. Gestão é essencial!

Muitos pensam que abrir um negócio significa fazer o que gosta, sem ter um chefe a quem reportar. Porém, é importante entender assuntos de gestão como fluxo de caixa, divulgação dos serviços e assuntos como biossegurança.

Atualmente, há cursos, livros e, até mesmo, videoaulas que podem ajudar. Se ainda for possível, a ajuda de profissionais, como consultores e agências de comunicação, pode ser um grande diferencial.

 

3. Quais os recursos há à sua disposição?

A parte financeira não pode ser deixada de lado. Se você já tem um montante separado para o investimento, é hora de começar a entender para o quê será destinado. Se você não tem o dinheiro, vale entender se há outros recursos à disposição: profissionais que querem fazer sociedade, espaços colaborativos, etc.

Aproveite e avalie também todos os recursos que você irá precisar. Se você não souber, clique aqui para conferir algumas das nossas dicas para montar o seu primeiro centro de estética.

 

4. Quanto você quer ganhar?

Pensar na receita de uma clínica de estética pode ser tão complexo quanto prever os custos que virão. Porém, é importante entender quantos atendimentos deverão ser realizados para pagar os investimentos, os custos e ainda gerar retorno.

Lembre-se de que é esperado que o começo de um negócio seja apenas de investimento, até que comece a se pagar, para então, finalmente, começar a gerar lucro. Para facilitar essa análise, é importante aplicar o cálculo de ponto de equilíbrio.

O ponto de equilíbrio é a quantidade de atendimentos que precisam ser feitos por mês para que seu negócio não tenha nem lucro, nem prejuízo. Ou seja, que “se pague”.

 

Para calcular o ponto de equilíbrio, é importante entender 2 aspectos:

  • Custos fixos: são as contas que você precisa pagar independente de quantos atendimentos você faça por mês. Por exemplo: aluguel, água, luz, telefone, etc.
  • Custos variáveis: são os gastos que variam para cada atendimento que você realiza. Por exemplo: descartáveis (como gaze e algodão), cosméticos, aluguel do equipamento, etc.

 

Entendido isso, o cálculo é feito da seguinte maneira: custo fixo / (preço do seu serviço – custo variável).

 

Vamos a um exemplo:

Os custos fixos são de R$ 3.000 e a média do preço dos seus serviços é de R$ 120, tendo um custo variável de apenas R$ 20. O cálculo seria: 3.000/(120-20) = 3.000/100 = 30. Ou seja, por mês, são necessários 30 atendimentos para que o negócio não gere prejuízos.

 

Feito isso, pode ter certeza: você já tem grande parte do que é necessário para empreender.