O Brasil é um país bem miscigenado. Todas as etnias tem morada aqui, das peles mais claras até a pele negra. Por isso, quem lida diretamente trabalhando com o tegumento, precisa ter bastante atenção para diferenciar cada fototipo, mesmo porque eles se comportam de maneiras diferentes em muitos aspectos.
Segundo a médica cirurgiã plástica Valéria Leal, há uma maneira bem prática de entender esta distinção. “Há uma avaliação que deve ser clínica. É preciso analisar o potencial de bronzeamento do paciente e também como sua pele se comporta no sol”, explica. Este método de análise foi baseado na classificação oficial de fototipos feita pelo dermatologista americano Thomas B. Fitzpatrick. Veja abaixo:
Fototipo I – Sempre queima, nunca bronzeia
Fototipo II – Sempre queima, às vezes bronzeia
Fototipo III – Às vezes queima, às vezes bronzeia
Fototipo IV – Nunca queima, sempre bronzeia
Fototipo V – Bronzeia moderadamente (mulatos)
Fototipo VI – Pele negra
Valéria Leal, médica cirurgiã plásticaCompreender profundamente estes seis fototipos é muito importante na hora de indicar um tratamento estético. Os fototipos mais altos, por exemplo, têm algumas restrições. Leal esclarece: “Os fototipos IV, V e VI têm risco de manchas (hipocromias) no pós-tratamento. Essas manchas, quando ocorrem, devem ser tratadas a tempo para que sejam revertidas e não deixem hipocromias residuais. Todos os tratamentos que irão atuar em pigmentação como os peelings, lasers e luz intensa pulsada apresentam restrições aos fototipos mais altos”.
No entanto, outros tratamentos podem ser feitos por qualquer cor de pele, desde que não atuem nos melanócitos, as células que produzem a melanina. “Os tratamentos que não atingem os melanócitos, como a radiofrequência, o ultrassom microfocado e o microagulhamento, podem ser realizados em qualquer pele e independente da época do ano”, finaliza a médica.
