Elas acabam com o visual de qualquer um! Você pode estar com uma roupa linda, o cabelo impecável, uma pele iluminada…mas se as olheiras estão lá, a imagem é sempre de uma pessoa cansada e entristecida. Mas quando o assunto é olheiras, a estética evoluiu muito e apresenta bons tratamentos. Há para todos os gostos, dos mais naturais até os mais invasivos. Entretanto, antes de conhecer o tratamento ideal para seu cliente, é preciso entender o que leva uma pessoa a apresentar esse problema. Pois é um conjunto de fatores que estimulam o seu aparecimento.
Olheira ou hiperpigmentação periorbital?
A palavra ‘olheira’ acabou se popularizando do mesmo modo que a palavra ‘celulite’, mas o termo correto para descrever o problema é hiperpigmentação periorbital. As olheiras podem ser momentâneas ou circunstanciais, decorrentes de cansaço, horas insuficientes de sono ou doenças. Estas desaparecem após descanso ou tendo cessadas as condições que as desencadearam. Entretanto, são as olheiras crônicas que dão ao rosto um aspecto de cansaço, sendo grande incômodo estético devido ao forte aspecto escurecido na região dos olhos, o que faz com que as olheiras fiquem muito evidentes. Isso acontece por causa do acúmulo de melanina. Os círculos arroxeados desta região, que acontecem devido à congestão dos vasos sanguíneos, transparecem através da pele. A luz que incide sobre esta área favorece a sua pigmentação, provocando uma espécie de ‘tatuagem’ que tende a piorar com o passar do tempo.
Além disso, muitos fatores podem estar relacionados com a hiperpigmentação periorbital, como a genética, por exemplo, pois pessoas que são descendentes de árabes e latinos costumam apresentar esse problema com maior frequência. A idade também é outro fator que contribui para o surgimento, pois com o envelhecimento, a pele que cobre a área dos olhos, que é fina e delicada, tende a ficar mais fina ainda, devido à perda do colágeno, o que resulta na visualização por transparência dos vasinhos desta região.
Avaliação
No momento da avaliação, é preciso também considerar os hábitos do cotidiano como um fator que desencadeia o surgimento das olheiras. Pessoas que fumam, bebem em excesso, são estressadas, dormem pouco, se alimentam mal e abusam do sal são mais propensas ao surgimento das olheiras. Isso porque esses hábitos resultam na dilatação dos vasos locais, o que aumenta a congestão de sangue e compromete ainda mais a estética da região periorbital.
Mas quando a cliente chega no centro, consultório ou clínica de estética reclamando deste problema, o que fazer? A primeira recomendação da mestre em fisioterapia e especialista em dermato funcional Márcia Consulin é consultar um especialista para obter diagnóstico preciso de cada caso, bem como para estabelecer com ele o plano de tratamento mais adequado. “Importante antes de indicarmos qualquer tratamento estético é afastarmos a hipótese das olheiras serem a causa secundária de doenças sistêmicas, autoimunes ou neoplasias”. Após identificar a causa do problema, é necessário avaliar qual procedimento será recomendado. Na maioria dos casos, a combinação de diversos tratamentos costuma apresentar bons resultados.
Tratamentos para olheiras
A carboxiterapia é um dos procedimentos que sempre são citados quando o assunto é olheiras. “Considero a técnica de carboxiterapia como um ‘padrão ouro’ no tratamento das olheiras. O seu resultado é visível e imediato”, avalia a fisioterapeuta Márcia Consulin.
Essa técnica funciona da seguinte forma, com uma picada superficial, injeta-se gás carbônico na pálpebra inferior para melhorar a oxigenação da área. É isso que ajuda na eliminação de pigmentos e toxinas que causam as olheiras, além de estimular a produção de colágeno para suavizar marcas de expressão. O seu custo varia em torno de R$ 60,00 a R$ 100,00 a sessão. Os procedimentos são realizados semanalmente, com intervalos de 72 horas, finalizando um ciclo de tratamento, ao final de um mês.
Márcia também diz ter ótimos resultados com a luz intensa pulsada para o clareamento da pele da pálpebra inferior. “As sessões são realizadas uma vez ao mês, totalizando quatro procedimentos com um custo médio de R$ 600,00. Os resultados pós-procedimento são mantidos sem recidiva por um longo período de tempo, mesmo após um ano de tratamento”.
Outra arma no combate às olheiras e que promete resultados eficazes é a vitamina K1, não só na forma de cremes e géis, como até na forma injetável. Essa vitamina tem a função de regular a coagulação e age sobre a parte vascular das olheiras. Isso porque a vitamina cria uma camada de proteção nos vasos e deixa-os mais fortes, com isso ficam mais fechados e diminuem sua permeabilidade.
Na versão injetável, é aplicada diretamente nas olheiras, promovendo mais efetivamente seu clareamento. As injeções são aplicadas em toda a extensão das manchas – cerca de oito picadas, com uso de creme anestésico e deve, sempre, ser realizado com a orientação de um dermatologista. O número de sessões varia de acordo com o caso e com a resposta individual. Podem ser necessárias até dez aplicações para solucionar o problema.
Conheça alguns tratamentos eficazes
Peelings Suaves: À base de ácidos leves, como o Ácido Tricloroacético (ATA), Ácido Glicólico e Ácido Retinoico, em concentrações adequadas para a área dos olhos, promovem a renovação da camada superficial da pele, amenizando as olheiras.
Peelings de Ácido Tioglicólico: É uma substância química que tem como objetivo promover o clareamento de manchas escuras que caracteristicamente surgem na pele após diferentes tipos de processos inflamatórios. Tal tipo de substância, quando aplicada sobre as lesões acastanhadas, promove seu desaparecimento gradativo devido ao processo de solubilização dos íons Ferro que escaparam dos vasos sanguíneos durante a fase aguda do quadro inflamatório e “tatuaram” a pele, escurecendo-a. Os peelings devem ser repetidos quinzenalmente. O número de sessões necessárias varia geralmente entre 3 e 6 aplicações. A pele quase não descama, podendo permanecer avermelhada nas primeiras 12 horas. O uso de protetor solar é imprescindível após as sessões.
Lasers para Olheiras: É o melhor método para tratar olheiras pigmentares. O raio laser age nas olheiras, pois sua energia é atraída pelos pigmentos (hemoglobina) dos pequenos vasos da região, destruindo-os e levando ao seu clareamento significativo. Além disso, o calor emitido pelo laser estimula o colágeno, diminuindo a flacidez e estimulando o tônus da pele de toda a área. São necessárias de 4 a 6 sessões mensais para alcançar resultados satisfatórios. Cada sessão dura cerca de 20 minutos.
Luz Pulsada: É um método que utiliza um feixe de luz para combater os pigmentos escuros da região dos olhos, bem como o excesso de vascularização no local, responsáveis pelo escurecimento periorbital. Além de clarear, o calor emitido pela luz estimula o colágeno, o que melhora a qualidade da pele da região. Devem ser feitas de 4 a 6 sessões, uma vez ao mês.
Carboxiterapia: É um tratamento baseado na introdução de gás CO2 medicinal na camada inferior da pele. Este método age diretamente na redução do volume dos vasos sanguíneos localizados ao redor dos olhos. Isto porque a injeção de gás carbônico é responsável pela dilatação desses vasos, facilitando a circulação sanguínea e incrementando a produção de colágeno. O resultado é o rejuvenescimento da pele e a redução do escurecimento das olheiras. São necessárias de 3 a 5 sessões mensais. As sessões duram entre 20 e 30 minutos.
Preenchimento com Ácido Hialurônico: É o melhor método para tratar olhos encovados, pois reduz sua profundidade. Após a aplicação, o volume injetado afasta a pele dos vasos sanguíneos subjacentes, diminuindo assim o aspecto escuro desta região. Portanto, além de estimular o colágeno, diminui a transparência da pele desta região. As pessoas que têm os olhos muito fundos e escuros, muitas vezes, aparentam olheiras mais escuras do que realmente têm, em função da sombra que a estrutura óssea da face provoca na região.
Cirurgia Plástica: Para casos mais avançados, quando além da pigmentação acentuada, existe gordura e pele em excesso ao redor dos olhos, as chamadas bolsas. A cirurgia realizada se chama blefaroplastia. Muitas mulheres, geralmente de idade mais avançada, pensam ter olheiras quando, na verdade, têm outro problema: bolsa de gordura localizada na parte inferior das pálpebras. A confusão acontece, pois seu efeito visual resulta em sombras abaixo dos olhos.
As olheiras podem ser divididas em quatro categorias
Olheiras constitucionais
São aquelas de coloração acastanhada e funda. Comuns em pessoas de etnias indianas e árabes. Costumam ser resistentes aos tratamentos.
Olheiras melânicas
São causadas pelo aumento de pigmento na pele, o excesso de sol e o estímulo hormonal. Os tratamentos de clareamento apresentam bons resultados.
Olheiras sanguíneas
São aquelas com o acúmulo de sangue na região com coloração arroxeada. Os tratamentos favorecem a circulação.
Olheiras vasculares
Apresentam coloração azulada. As principais causas são devido ao excesso de retenção de fluídos, estresse e o cansaço. Os tratamentos para aumentar a circulação apresentam bons resultados.
Anote aí!
Remédios naturais complementares
Chá de camomila: Prepare um chá concentrado, espere esfriar e coloque alguns minutos no freezer (inclusive com o saquinho). Aplique sobre os olhos e deixe agir por 10 ou 15 minutos. Molhe algumas vezes o saquinho no chá gelado e reaplique. Faça a compressa deitada, com a cabeça elevada. Essa posição estimula os vasos a voltarem ao tamanho normal, reduzindo o inchaço.