Estrias, sabe como é: ninguém quer, mas quase todo mundo tem! Os profissionais de estética estão acostumados com protocolo para estrias que prometem amenizar o aspecto que elas deixam na pele. Não é uma tarefa fácil, mas a tecnologia e as pesquisas, cada vez mais avançadas, em ativos e equipamentos, ajudam os profissionais a alcançarem bons resultados. Claro que tudo relacionado à estética é sempre uma combinação de três fatores: a união de tratamentos estéticos, alimentação saudável e atividade física. Afinal, nenhum tratamento por si só faz milagre e a disciplina do paciente é importante para alcançar as metas.
Entendendo as estrias
Tecnicamente, essas cicatrizes lineares são as modificações da pele caracterizadas pela ruptura de fibras elásticas responsáveis pela sustentação da pele, atingindo a derme e a epiderme. Os fatores que desencadeiam seu aparecimento são os mecânicos, endócrinos e os genéticos. As razões mecânicas são as que geram distensão brusca da pele ou em áreas de estiramento crônico e progressivo. Estão associados a regiões do corpo que sofrem rápido aumento de tamanho. Já as questões endócrinas estão relacionadas a doenças que causam a ruptura das fibras elásticas e colágenas, como a doença de Cushing, ao tratamento crônico com corticoides via oral e à aplicação tópica de esteroides por tempo prolongado, sendo o resultado de automedicação, e em adultos jovens obesos que possuem taxa elevada de cortisol no sangue. Os fatores genéticos são as predisposições que geram diferenças na capacidade da pele em adaptar-se ao estiramento.
Há dois tipos de estrias: as vermelhas e as brancas. As estrias são vermelhas quando surgem devido ao processo inflamatório que causa o rompimento das fibras de colágeno e elastina. Depois dessa fase inflamatória, as estrias se tornam brancas, pois ocorre também a atrofia dos melanócitos e redução da produção de melanina, tornando a pele mais clara nessa área. Por esse motivo, as estrias vermelhas são as mais fáceis de serem tratadas.
O Protocolo para estrias
Conversamos com Amanda Hamaue, fisioterapeuta e técnica de treinamentos da Casa da Estética, que compartilhou o processo de um protocolo inovador para o tratamento das estrias. De acordo com a especialista, para aplicar esse protocolo para estrias, você vai precisar do equipamento Dermotonus Esthetic, do Derma Erase e o uso do Skin Cooler. Veja abaixo o passo a passo:
Como esse combo Dermotonus Esthetic + Derma Erase + Skin Cooler pode favorecer um tratamento que ajude a melhorar o aspecto das estrias?
Amanda Hamaue: Com esse combo, conseguimos fazer múltiplas combinações de tratamentos para estrias. Podemos realizar um peeling de diamante sobre a região onde se encontram as lesões, depois aplicamos a técnica da vacuoterapia sobre cada estria e, na sequência, o Derma Erase, realizando a técnica de microagulhamento.
Agora, o aconselhável para um primeiro tratamento seria dividi-lo em dois, pois quando trabalhamos um tecido com diversos estímulos como esse, geramos uma injúria que requer muitos cuidados para não correr o risco de hiperpigmentação tecidual. Ou seja: as temíveis manchas. Quando não conhecemos o perfil da cliente, o melhor é não arriscar.
Como seria o passo a passo desse protocolo para estrias?
Amanda Hamaue: Começamos desta forma o protocolo para estrias: realizamos o peeling de diamante sobre toda a região das estrias, fazendo uma varredura nesse tecido, removendo e afinando o extrato córneo. Depois, trabalhamos de uma maneira pontual em cima de cada estria com a vacuoterapia (com a ponteira bico de passarinho curvo, com movimentos de vai e vem), realizamos a ionização da melange com o kit Cell Complex da Adcos, e finalizamos com o filtro solar da Vicae. Na semana seguinte, trabalhamos o Skin Cooler antes da aplicação com o Derma Erase para obter um efeito anestésico sobre a região e diminuir o desconforto da técnica de microagulhamento. Gosto muito de aplicar, após o procedimento, a vitamina C ou DMAE. Finalize com filtro solar. Precisamos lembrar-nos do filtro para procedimentos corporais, pois são poucas as peças de roupa que já possuem esse tipo de proteção.
Alguns profissionais devem estar se perguntando: mas por que utilizar o gelo antes do microagulhamento? O gelo não faz vasoconstrição? Será que não vai comprometer minha técnica? Não é pró-inflamatório e cicatrizante? Bom, vamos lá: Sim! Quando usamos a técnica de crioterapia logo após a lesão, conseguimos todos esses efeitos. Porém, quando eu trabalho antes disso, só estou inibindo a condução dos meus estímulos de dor.
De acordo com alguns estudos, “as modalidades frias aliviam a dor por tornarem mais lentos e reduzirem o número de impulsos dolorosos enviados pelos nervos periféricos e por interferirem na transmissão desses impulsos para o cérebro”. Ou seja, quando realizo antes da lesão, não vou acelerar o processo de cicatrização ou ir contra a minha técnica de microagulhamento, a partir da minha lesão é que eu vou conseguir o aumento da produção de colágeno, elastina e matriz extracelular, devido ao processo de reparo tecidual pós-injúria.