A corrente interferencial é uma modalidade de eletroterapia bem conhecida da fisioterapia. Ela tem a frequência relativamente alta, cerca de 4000 Hz, e é alternada. Por permitir a aplicação de duas correntes ao mesmo tempo (o que gera a emissão de uma terceira corrente), a terapia é indicada para melhora da dor, cicatrização, reparo dos tecidos e contração muscular.
Além de todos esses atributos, um em especial chama a atenção para a interferencial: o tempo de aplicação. Enquanto em outras correntes, como a TENS, a duração da técnica vai de 30 a 40 minutos, a da interferencial é de 15 a 30 minutos.
Segundo Filipe dos Anjos, fisioterapeuta e técnico da Casa da Estética, outra vantagem da corrente, além da economia de tempo, é a abrangência do tratamento no corpo. “O terapeuta não necessita localizar o ponto motor ou ventre muscular, uma vez que a corrente interferencial atinge uma área grande com a técnica de varredura e não músculo a músculo como a TENS”.
Só é importante destacar, então, as contraindicações do tratamento para que a solução não vire um problema. Gestantes, pessoas com marca-passo e doenças cardíacas não podem se submeter à terapia. É necessário também evitar o uso da corrente interferencial na região dos olhos, nervos do seio da carótida, em áreas com neoplasia e hemorragia. Recomenda-se, da mesma forma, não usá-la na mesma área de tratamento feito com compressas de gelo ou calor.
